Recentes alterações nas políticas do Facebook e do Instagram, anunciadas pelo Grupo Meta, têm gerado preocupações entre entidades e coletivos LGBTI+, que alertam para o risco de um aumento nos discursos de ódio e homofóbicos nessas plataformas. A principal mudança anunciada por Mark Zuckerberg é o fim da checagem de fatos, o que implica a descontinuação de processos que verificavam informações imprecisas ou falsas, permitindo que conteúdos não verificados circulassem com mais facilidade. A medida, juntamente com a redução na moderação de conteúdos, é vista como um retrocesso nos esforços contra a desinformação e uma ameaça à segurança das pessoas LGBTI+.
Entidades como a Aliança Nacional LGBTI+ e a Associação Brasileira de Famílias Homotransafetivas criticam as mudanças, destacando que elas podem intensificar estigmas, especialmente sobre a homossexualidade e a transgeneridade, que ainda são patologizados em algumas correntes de pensamento, apesar do consenso científico atual que rejeita essas teses. A situação é vista como uma violação dos direitos humanos e uma ameaça ao avanço de conquistas sociais e políticas, especialmente no que diz respeito ao respeito à diversidade e à proteção contra discursos de ódio.
A decisão da Meta também gerou reações internacionais, com autoridades do Brasil, da União Europeia e da ONU chamando atenção para os riscos de amplificação de conteúdos prejudiciais e pedindo a implementação de regulamentações que garantam a proteção dos direitos humanos no ambiente digital. Com o Judiciário e o Legislativo do Brasil já discutindo a responsabilidade das redes sociais na remoção de conteúdos nocivos, as entidades pedem urgência na criação de leis que protejam as democracias e a segurança online de todos os cidadãos.