A Copa do Mundo de 1986, inicialmente planejada para ocorrer na Colômbia, precisou ser transferida devido à grave crise econômica e questões de segurança enfrentadas pelo país. Diante do impasse, a FIFA consultou Canadá, Estados Unidos e Brasil sobre a possibilidade de sediar o torneio, mas os brasileiros recusaram a proposta, uma decisão tomada pelo então presidente João Batista Figueiredo. Com a desistência de outras nações, o México, que já havia recebido a Copa em 1970, foi escolhido graças à sua infraestrutura sólida, mesmo após enfrentar um devastador terremoto pouco antes do evento.
A escolha do México gerou controvérsias e debates na época. No início dos anos 1980, Pelé expressou sua preferência pelos Estados Unidos como sede, mencionando sua experiência no futebol norte-americano com o time Cosmos de Nova York. Apesar do desejo de ver o torneio nos Estados Unidos, a escolha da FIFA recaiu sobre o México. O país organizou um Mundial bem-sucedido, marcando a história das Copas, enquanto os EUA precisaram esperar até 1994 para finalmente receber o evento.
O episódio de 1986 ilustra os desafios e bastidores das decisões relacionadas à escolha de uma sede para a Copa do Mundo. A combinação de fatores políticos, econômicos e estruturais moldou o cenário daquele ano, evidenciando a complexidade de organizar um evento de tal magnitude. A decisão foi um marco para o futebol mexicano e um prelúdio para a expansão do esporte em outras regiões.