A Meta, controladora do Facebook e Instagram, anunciou o fim de seu sistema de checagem de fatos, substituindo-o por “Notas da Comunidade”, um mecanismo que permite aos usuários avaliarem e adicionarem contexto a conteúdos. A mudança, similar ao modelo adotado pela plataforma X, visa reduzir restrições e priorizar a moderação de postagens ilegais ou com violações severas. Segundo o comunicado, a decisão busca fortalecer a liberdade de expressão, embora possa resultar em menor controle sobre conteúdos problemáticos.
O governo brasileiro demonstrou preocupação com as implicações dessa mudança, citando episódios anteriores de disseminação de informações falsas durante eleições presidenciais. Autoridades argumentam que tal flexibilização pode abrir espaço para desinformação e prejudicar a proteção de direitos individuais e coletivos, especialmente em contextos políticos sensíveis. Também foi destacado o risco de enfraquecimento das iniciativas de moderação que buscam preservar a integridade democrática e a confiabilidade das plataformas digitais.
A decisão da Meta gerou críticas internacionais e foi interpretada como parte de uma estratégia para alinhar-se a políticas mais flexíveis nos Estados Unidos. Declarações associando tribunais latino-americanos a práticas de censura foram vistas como polêmicas, especialmente em países que buscam equilibrar liberdade de expressão e responsabilidade digital. Especialistas destacam que o debate reflete a complexidade em regulamentar o ambiente online, onde interesses econômicos e sociais frequentemente entram em conflito.