O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira (9) que discutirá as novas diretrizes da Meta, empresa responsável por redes como Facebook, Instagram e WhatsApp, que alteram significativamente as políticas de moderação de conteúdo digital. Lula destacou a necessidade de preservar a soberania dos países e alertou contra ações que possam comprometer o controle nacional sobre o ambiente digital, criticando a falta de responsabilidade atribuída à comunicação online em comparação à mídia tradicional.
As novas políticas da Meta incluem o fim do programa de checagem de fatos, a flexibilização de restrições relacionadas a temas sensíveis, como migração e gênero, e a promoção de conteúdos cívicos de cunho político-ideológico. Embora inicialmente aplicadas aos Estados Unidos, há a expectativa de expansão para outros países. Líderes brasileiros, incluindo membros da Secretaria de Comunicação Social e do Supremo Tribunal Federal, expressaram preocupação com os possíveis impactos democráticos, considerando que as mudanças podem incentivar discursos prejudiciais e comprometer a soberania digital.
Entidades e representantes do governo brasileiro ressaltaram que as alterações promovidas pela Meta desafiam as legislações locais e podem prejudicar o equilíbrio democrático. Críticas ao lucro como prioridade das big techs e às estratégias de instrumentalização das plataformas para ampliação de discursos extremistas e antidemocráticos foram amplamente discutidas, sinalizando possíveis ações legais e institucionais para enfrentar os desdobramentos dessas decisões.