Em Goiânia, consumidores têm relatado que estabelecimentos comerciais estão cobrando valores mais altos ou até mesmo não aceitando o pagamento por Pix. Essa mudança seria motivada por uma falsa informação sobre a taxação do Pix, relacionada à fiscalização das transações feitas por pessoas físicas e jurídicas. A Receita Federal passou a monitorar as movimentações superiores a R$ 5 mil mensais por pessoas físicas e R$ 15 mil por pessoas jurídicas, o que gerou insegurança entre os comerciantes. A prática de cobrar mais por pagamentos via Pix está sendo observada em diferentes setores, desde lojas até academias.
De acordo com especialistas, essa abordagem, embora não seja ilegal, pode prejudicar os lojistas ao afastar consumidores. Além disso, a prática de cobrar a mais por formas de pagamento diferentes, como cartões de crédito e Pix, é permitida por uma lei federal, mas essa não foi atualizada para incluir as novas formas de pagamento. O economista Luiz Ongaratto afirma que a cobrança extra por Pix não tem fundamento, já que o Pix é a alternativa mais barata para consumidores e empresas. Também há um alerta sobre o risco de voltar ao uso exclusivo de dinheiro, visto que os saques também são monitorados e podem gerar complicações.
Por fim, a Receita Federal tranquiliza a população, esclarecendo que não há novas taxas sobre o Pix para pessoas físicas e que os dados dos contribuintes são cruzados para garantir a conformidade fiscal. A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Goiânia, por sua vez, pede que os comerciantes não se deixem levar por rumores e busquem informações oficiais. A situação gerou um aumento significativo nas pesquisas sobre o tema, mas a orientação das autoridades é que não há motivos para preocupações excessivas sobre as mudanças na fiscalização.