Na última quinta-feira (30), o presidente Lula se reuniu com representantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) para discutir questões relacionadas à reforma agrária. Durante o encontro, o MST manifestou insatisfação com o atual programa de assentamentos, apontando que o número de 1.500 famílias assentadas anualmente é insuficiente para atender às necessidades do movimento. João Paulo Rodrigues, um dos coordenadores do MST, expressou que, apesar da insatisfação, há uma possibilidade de ajustes nas políticas governamentais para atender as demandas do movimento.
O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, comprometeu-se a aumentar o número de assentamentos, com a promessa de beneficiar mais de 30 mil famílias no ano de 2025. No entanto, o MST reiterou sua reivindicação por 65 mil assentamentos, demonstrando uma diferença significativa entre as expectativas do movimento e as propostas do governo. Teixeira explicou que os números anteriores foram limitados por restrições orçamentárias, já que o orçamento destinado à reforma agrária em 2023 foi de apenas R$ 130 milhões.
Além das questões de assentamento, o MST solicitou um aumento no orçamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e apresentou sugestões para melhorar a produção de alimentos. O governo federal, por sua vez, tem se concentrado na redução dos preços dos alimentos, embora algumas iniciativas iniciais tenham gerado confusões quanto às intervenções no mercado. Lula também anunciou que visitará um assentamento em fevereiro e lançará o programa Desenrola Rural, com o objetivo de apoiar a agricultura familiar e a produção rural.