O Ministério Público Federal (MPF) iniciou um procedimento para investigar as condições de trabalho e o número de servidores no Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), localizado em São José dos Campos. A iniciativa visa avaliar as condições estruturais e de recursos humanos do órgão, que desempenha um papel crucial na prevenção de desastres naturais no Brasil. Segundo o MPF, o objetivo é entender as medidas adotadas para fortalecer o Cemaden, como o número de servidores e a infraestrutura disponível.
Atualmente, o Cemaden conta com 92 servidores ativos, mas um levantamento realizado há 12 anos indicava a necessidade de pelo menos 180 profissionais para a execução de suas atividades. Em resposta à situação, a diretora-substituta do Cemaden, Regina Alvalá, destacou a importância de garantir recursos adequados, tanto tecnológicos quanto humanos, para enfrentar os desafios impostos pelos eventos climáticos extremos. Além disso, mencionou que o órgão realizará a contratação de novos servidores em 2025, por meio de concursos realizados no ano anterior.
O Cemaden foi criado em 2011 e é responsável por monitorar desastres naturais em 1.133 municípios brasileiros, abrangendo cerca de 60% da população do país. A missão principal do centro é antecipar-se aos desastres para reduzir danos humanos e materiais causados por fenômenos climáticos como deslizamentos, inundações e enxurradas. A equipe especializada, composta por geólogos, meteorologistas e outros profissionais, realiza o monitoramento 24 horas por dia para fornecer informações vitais sobre áreas de risco.