O Ministério Público do Acre (MP-AC) iniciou um procedimento preparatório para investigar denúncias de desmatamento ilegal que atingiram mais de 77 hectares da Floresta Estadual do Mogno, localizada no município de Cruzeiro do Sul. A área faz parte de uma das nove unidades de conservação administradas pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema). A apuração teve início há cerca de 90 dias, com a coleta de informações preliminares que resultaram na solicitação de diligências no local.
A promotora responsável pela investigação, Manuela Canuto de Santana Farhat, solicitou a verificação de coordenadas geográficas da área afetada, o período em que ocorreu o desmatamento, e imagens de satélite para acompanhar a evolução da degradação ambiental. Além disso, a Sema está analisando os dados fornecidos pelo MP-AC por meio de um processo complexo que inclui georreferenciamento e cruzamento de informações para fornecer uma resposta detalhada sobre o caso.
Ao concluir a apuração, a Promotoria de Defesa do Meio Ambiente decidirá sobre as próximas etapas, que podem incluir uma recomendação, um termo de ajustamento de conduta (TAC), a conversão em inquérito civil, ou até mesmo o arquivamento do caso. A investigação visa entender a extensão do dano ambiental e tomar as medidas adequadas para sua reparação.