O Movimento dos Trabalhadores sem Terra (MST) expressou insatisfação com a proposta de reforma agrária do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. O dirigente nacional João Paulo Rodrigues afirmou que o programa não atende às expectativas devido ao baixo volume de recursos disponíveis. Ele relatou que, apesar de 1 milhão de famílias serem assentadas pela reforma, apenas 33.000 receberam moradia, representando menos de 5% do total prometido.
Rodrigues participou de uma reunião com o presidente Lula e outros representantes do governo, incluindo o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira. O líder do MST afirmou que o presidente se comprometeu a visitar os assentamentos, uma agenda que deverá ocorrer em fevereiro. Para o movimento, as medidas anunciadas até o momento ainda são insuficientes para avançar na reforma agrária de maneira significativa.
A coordenadora da ação social do MST, Débora Nunes, também reforçou as críticas, destacando que as políticas do governo continuam aquém das necessidades da reforma agrária. No final de 2024, o ativista João Pedro Stedile já havia cobrado mais ação do governo, considerando que a justificativa da falta de orçamento não é mais válida após o primeiro ano de mandato.