Representantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) expressaram forte insatisfação com o andamento da reforma agrária no governo de Luiz Inácio Lula da Silva após uma reunião com o presidente no Palácio do Planalto. Durante o encontro, eles manifestaram que o ritmo da implementação da reforma está aquém das expectativas, considerando insuficiente a proposta de assentar 1.500 famílias por ano. O MST pediu um compromisso mais robusto, sugerindo que o número de famílias assentadas seja de 65 mil até 2025, em contraste com a meta do governo de 20 mil.
A principal crítica do MST focou no compromisso do governo, que, segundo os representantes, não resolve adequadamente o problema da terra. João Paulo Rodrigues, um dos coordenadores nacionais do movimento, disse que o grupo não aceitará números tão baixos na próxima reunião ou até o final deste ano. Apesar das tensões, não houve discussões sobre mudanças no Ministério do Desenvolvimento Agrário durante a reunião, embora o MST tenha pressionado pela saída do ministro Paulo Teixeira.
Por fim, a coordenação do MST também mencionou que o presidente Lula pode fazer um compromisso com o movimento nas próximas semanas, com possibilidade de visita a acampamentos de reforma agrária, especialmente em Pernambuco e Minas Gerais. Embora os representantes do MST tenham destacado essas expectativas, a visita ainda não foi confirmada oficialmente pelo Planalto.