O movimento dos desinfluenciadores tem ganhado destaque nas redes sociais como uma reação à cultura de consumo impulsivo e aos excessos promovidos por influenciadores. Esse movimento, que se intensificou a partir de 2023, visa incentivar os consumidores a refletirem sobre suas compras e a questionarem a necessidade de produtos promovidos nas redes sociais. A prática dos “hauls”, onde influenciadores exibem grandes quantidades de produtos comprados, é criticada por muitos por estimular o consumo sem propósito. Desinfluenciadores, como Diana Wiebe e Christina Mychaskiw, têm usado suas plataformas para promover a ideia de que menos pode ser mais, e que um consumo consciente pode levar a uma vida mais equilibrada.
Os desinfluenciadores destacam que a pressão para consumir, exacerbada por plataformas como TikTok, pode resultar em escolhas impulsivas que não atendem às reais necessidades dos consumidores. Eles sugerem alternativas para evitar os excessos, como repensar antes de comprar e reaproveitar o que já se tem. A prática de consumir de forma mais intencional e sustentável é vista como uma maneira de escapar das armadilhas da indústria de fast fashion, que além de impactar negativamente o bolso, também gera danos ambientais. Em paralelo, o movimento denuncia como as estratégias de marketing, disfarçadas de conselhos de amigos, têm levado muitos a comprar produtos desnecessários.
Embora o movimento desinfluenciador ainda esteja em crescimento, o impacto nas grandes marcas do setor de moda ainda é incerto. Alguns especialistas, como Aja Barber, apontam que as mudanças nos hábitos de consumo podem ser lentas, mas é possível observar uma maior conscientização entre consumidores, especialmente sobre os danos do consumo desenfreado. A ideia central do movimento é questionar o modelo de consumo atual, incentivando escolhas mais conscientes e sustentáveis, tanto para o bolso quanto para o meio ambiente. A luta contra o consumismo excessivo continua, com um apelo por uma reflexão mais profunda sobre as consequências da superexposição ao consumo nas redes sociais.