Os motoristas de ônibus de João Pessoa iniciaram uma greve nesta segunda-feira (27) para reivindicar aumento salarial e o retorno do vale alimentação, suspenso desde 2019. A paralisação, que começou por volta das 4h30, afetou diretamente 100 mil passageiros, mas, conforme uma decisão judicial, 60% da frota continuará em operação para garantir a circulação mínima. A categoria exige um reajuste salarial de 15%, enquanto o sindicato patronal propôs 3%. A greve também busca resolver a questão das longas jornadas de trabalho dos motoristas.
O Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transportes Rodoviários e o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de João Pessoa (Sintur-JP) estão acompanhando de perto as atividades durante o dia. Aproximadamente 40% dos motoristas aderiram à paralisação. Em meio a esse impasse, uma audiência de conciliação está marcada para o mesmo dia, envolvendo representantes do Ministério Público do Trabalho (MPT), com o objetivo de tentar chegar a um acordo entre as partes.
A greve é um reflexo de tensões acumuladas, que incluem a recente alta no valor das passagens de ônibus, de R$ 4,90 para R$ 5,20, que, segundo os motoristas, não trouxe melhorias nas condições salariais ou de trabalho. O indicativo de greve foi aprovado em 21 de janeiro, após uma reunião entre os sindicatos que não resultou em acordo, e as negociações ainda estão em andamento. A categoria aguarda uma solução, enquanto a população enfrenta os impactos da paralisação no transporte público.
