José Maria da Costa Júnior foi condenado pelo homicídio de uma ciclista em São Paulo, ocorrido em novembro de 2020. Durante o julgamento, a maioria dos jurados considerou que ele assumiu o risco de matar a vítima ao dirigir sob efeito de álcool e em alta velocidade. Após o atropelamento, José Maria fugiu do local sem prestar socorro. O tribunal aplicou uma pena total de 13 anos de prisão, sendo 12 anos em regime fechado por homicídio doloso qualificado, além de penas adicionais por embriaguez ao volante e omissão de socorro.
A defesa do réu tentou modificar a acusação de homicídio doloso para homicídio culposo, argumentando que não houve intenção de matar. No entanto, o júri manteve a decisão de que José Maria agiu de forma imprudente e arriscada. A família da vítima, por sua vez, expressou satisfação com a condenação, embora tenha demonstrado que a pena poderia ser mais severa. O Ministério Público também planeja recorrer da sentença, buscando uma pena mais alta, já que a acusação havia solicitado 20 anos de prisão.
O caso gerou grande repercussão, com protestos e movimentos em defesa da segurança no trânsito, especialmente para ciclistas. A tragédia levou à criação do projeto “Pedale como Marina”, em homenagem à vítima, que tinha um trabalho focado na mobilidade urbana e nos direitos dos ciclistas. O incidente se insere em um contexto de crescente preocupação com a segurança no trânsito de São Paulo, onde diversas mortes de ciclistas vêm sendo registradas nos últimos anos.