O estádio do Morumbi, em São Paulo, passou a se chamar MorumBis após o São Paulo Futebol Clube (SPFC) vender os direitos de nomeação para a Mondelez Brasil, empresa proprietária da marca de chocolates Bis. O acordo, válido por três anos, envolve um investimento de R$ 75 milhões, que se torna uma importante fonte de receita para o clube, que enfrenta dificuldades financeiras. O SPFC, com uma dívida superior a R$ 700 milhões ao final de 2022 e um déficit de R$ 97 milhões no terceiro trimestre de 2023, vê nesse tipo de negociação uma alternativa para melhorar sua situação econômica.
A prática de vender os naming rights de estádios não é exclusiva do SPFC, sendo adotada também por outros clubes paulistas. O Palmeiras e o Corinthians firmaram contratos semelhantes com a seguradora Allianz e a Hypera Pharma, respectivamente, recebendo cerca de R$ 15 milhões por ano com duração de 20 anos. Os estádios Allianz Parque e Neo Química Arena foram renomeados em virtude desses acordos. Além dos clubes de futebol, a tendência se estende a outras áreas, como o Mercado Livre, que adquiriu os naming rights do estádio Pacaembu, que passará a ser conhecido como Mercado Livre Arena Pacaembu.
Além de clubes esportivos, a prática de venda de naming rights também foi adotada por instituições públicas, como o metrô de São Paulo, que iniciou a venda dos direitos de nomeação de algumas de suas estações. Essa estratégia visa gerar mais recursos para a modernização e melhorias nas linhas de transporte, além de aprimorar a comunicação com os usuários. Essa tendência de comercialização de nomeações reflete uma busca crescente por fontes alternativas de receita no setor público e privado.