Em novembro do ano passado, um estudante de medicina foi morto durante uma abordagem policial na Zona Sul de São Paulo. Imagens das câmeras corporais dos policiais envolvidos mostram o momento em que o jovem, encostado em um portão trancado de um hotel, foi baleado por um dos PMs, mesmo estando em uma posição vulnerável e sem resistência. As gravações revelam ameaças feitas pelos policiais antes e após o disparo, enquanto a vítima pedia para que o oficial retirasse a mão de seu corpo.
Após a divulgação do caso, a Polícia Civil de São Paulo solicitou a prisão preventiva de um dos policiais, enquanto o Ministério Público denunciou ambos os envolvidos por homicídio qualificado. A abordagem começou quando os policiais notaram o estudante andando sem camisa na rua e, após um pequeno desentendimento envolvendo um retrovisor de viatura, o jovem correu para dentro de um hotel. Os agentes alegaram que o jovem teria tentado pegar a arma de um deles, mas as câmeras de segurança do hotel e as imagens das câmeras corporais levantam questões sobre a legitimidade da reação policial.
O caso gerou grande repercussão, com protestos de familiares e críticos do uso excessivo da força policial. O pai da vítima, médico e professor universitário, manifestou seu descontentamento com a demora na punição dos responsáveis. A Justiça ainda precisa decidir sobre a prisão do policial acusado, enquanto os envolvidos seguem afastados de suas funções até o fim das investigações. O caso continua a ser monitorado pela sociedade e autoridades, com o objetivo de esclarecer as circunstâncias da morte e as responsabilidades dos agentes envolvidos.