O assassinato de um delator, ocorrido em novembro do ano passado, foi motivado pela sua colaboração com a justiça, na qual denunciou tanto policiais quanto membros de uma facção criminosa. Segundo a Polícia Civil de São Paulo, a vítima teria exposto um esquema de corrupção envolvendo autoridades e criminosos, além de detalhar práticas de lavagem de dinheiro relacionadas ao grupo. A delação, que também revelou envolvimento de policiais em extorsões, levou a investigações que culminaram na prisão de um policial militar responsável pelos disparos que resultaram na morte do delator.
Além da delação, que envolveu esquemas financeiros de alto valor, o delator teria se endividado com membros da facção após aplicar investimentos fraudulentos, como no mercado de criptomoedas. Sua morte, portanto, não foi apenas uma represália ao seu testemunho, mas também parte de uma disputa financeira que envolvia grandes somas de dinheiro. O Ministério Público, que supervisionava a colaboração, já havia encaminhado partes da delação para a Corregedoria da Polícia, pouco antes do assassinato.
A investigação revelou que o crime foi encomendado, com pagamento envolvido, e que policiais de diferentes categorias estavam ligados ao favorecimento de membros da facção criminosa. A atuação dos policiais incluía desde a escolta clandestina até a proteção de criminosos procurados pela justiça, o que agravou a gravidade do caso. A prisão do autor do homicídio é um passo importante para esclarecer o envolvimento da corporação nas atividades ilícitas, enquanto as investigações continuam em andamento.