Antônio Alves da Costa, de 76 anos, foi fatalmente baleado na manhã de quarta-feira (8) no Morro São João, na Zona Norte do Rio, durante um confronto entre policiais militares e criminosos. A Polícia Militar relatou que membros da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) São João foram atacados por disparos provenientes de uma área de mata, o que provocou uma reação da PM. O aposentado, que estava em um dos acessos ao morro, foi atingido no pescoço e morreu no local, próximo ao seu andador.
O filho de Antônio, Hugo Leonardo de Souza Alves, questionou a versão de “bala perdida” e sugeriu que a morte de seu pai foi um ato deliberado para interromper uma operação policial. Ele descreveu o momento em que soube da tragédia e expressou sua revolta com a situação, destacando que seu pai estava se recuperando de um AVC e vivia sozinho no local. A família do aposentado, natural do Ceará, o lembra como alguém que adorava dançar e viajar, e que havia superado graves problemas de saúde, como um infarto em 2015 e um AVC em 2022.
A Polícia Civil iniciou uma investigação sobre o caso por meio da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC). O corpo de Antônio foi levado para o Instituto Médico-Legal (IML) do Rio. A troca de tiros no morro faz parte de uma crescente onda de violência na região, relacionada a disputas entre facções criminosas que buscam controlar o tráfico de drogas. A morte de Antônio é mais um reflexo da tensão e do confronto constante entre grupos rivais nas áreas de favelas do Rio de Janeiro.