A escritora, jornalista e tradutora Marina Colasanti faleceu aos 87 anos, nesta terça-feira (28), em sua residência no Rio de Janeiro, após complicações de uma pneumonia, exacerbadas pela doença de Parkinson. Colasanti, uma das principais vozes da literatura infanto-juvenil brasileira, deixou mais de 70 obras publicadas, incluindo contos, crônicas, poesias e ensaios. Reconhecida por sua capacidade de transitar entre diferentes gêneros literários, a autora conquistou nove prêmios Jabuti ao longo de sua carreira e recebeu o Prêmio Machado de Assis em 2023, um dos maiores reconhecimentos da literatura nacional.
Nascida na Eritreia, durante a Segunda Guerra Mundial, Colasanti imigrou para o Brasil aos 10 anos. Sua formação em Artes Plásticas e sua experiência como ilustradora e tradutora foram fundamentais em sua trajetória literária. A escritora também teve um papel importante na defesa dos direitos das mulheres e se destacou pela maneira com que abordou o empoderamento feminino, refletindo sobre a luta coletiva das mulheres em suas obras e entrevistas.
Colasanti, que também teve uma carreira multifacetada como apresentadora de TV e publicitária, sempre se mostrou inovadora e comprometida com a literatura e as artes. Ela deixa um legado duradouro na cultura brasileira, além de sua família, incluindo o marido, o escritor Affonso Romano de Sant’Anna, e sua filha Alessandra, que recentemente produziu um documentário sobre sua vida. Seu corpo será velado no Parque Lage, no Rio de Janeiro, onde passou parte de sua infância.