O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a Polícia Federal ouça o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, no contexto de um inquérito relacionado a supostas tentativas de golpe. A solicitação surgiu após declarações do governador, em entrevista à Jovem Pan, nas quais ele afirmou que o ex-presidente e o presidente de um importante partido político mantêm conversas frequentes. A afirmação gerou suspeitas de possível descumprimento das restrições impostas pelo STF, que proíbe qualquer contato entre essas figuras desde fevereiro do ano anterior.
Moraes, em seu despacho, argumentou que as falas de Mello indicam uma possível violação das medidas cautelares que visam evitar a obstrução das investigações. Diante disso, ele deu um prazo de 15 dias para que a Polícia Federal colha o depoimento do governador, com o objetivo de apurar se houve, de fato, infração às ordens judiciais. A investigação em questão envolve várias pessoas que são suspeitas de estarem envolvidas em ações contra o processo democrático, incluindo os mencionados políticos.
Os envolvidos negam qualquer envolvimento nas acusações e reiteram que não houve infração das ordens impostas. O inquérito segue em andamento, e as autoridades continuam investigando os desdobramentos dos fatos, buscando esclarecer as circunstâncias que cercam o caso. O caso é um reflexo das tensões políticas atuais e da tentativa das instituições de preservar a ordem jurídica e combater possíveis práticas ilegais.