O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu manter a proibição da viagem do ex-presidente Jair Bolsonaro aos Estados Unidos para participar da posse de Donald Trump, em janeiro de 2025. A decisão foi tomada após a defesa de Bolsonaro recorrer da medida, que havia sido imposta em fevereiro de 2024. O passaporte do ex-presidente foi confiscado devido a uma investigação penal em curso, que apura sua possível participação em um plano golpista nas eleições de 2022. Moraes argumentou que há risco de evasão, uma vez que o ex-presidente está proibido de deixar o país.
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, também se posicionou contra o pedido, alegando que a viagem não tinha caráter urgente e atendia a interesses pessoais. A defesa de Bolsonaro, por sua vez, argumentou que não havia elementos legais que justificassem a negativa e ressaltou que o pedido de viagem era pontual, sem implicações em relação ao processo em andamento. Os advogados do ex-presidente ainda destacaram que a menção a um projeto de lei sobre anistia não deveria ser interpretada como uma violação das normas penais.
Bolsonaro, por sua vez, expressou desilusão com a decisão de Moraes, qualificando-a como uma grande decepção. O ex-presidente, que é um admirador de Trump, já havia manifestado sua empolgação com o convite para a cerimônia de posse, chamando-a de uma experiência marcante. Enquanto isso, sua esposa, Michelle Bolsonaro, informou que compareceria à cerimônia em seu lugar, conforme declarado nas redes sociais.