Moradores de bairros da Zona Norte do Rio de Janeiro, como Penha, Brás de Pina, Cordovil e Piedade, têm relatado cortes no fornecimento de internet realizados por criminosos. Esses cortes seriam uma estratégia para obrigar os moradores a contratar serviços de internet de organizações criminosas, que oferecem conexões alternativas. De acordo com os relatos, as interrupções começaram no final de novembro e se intensificaram nas semanas que antecederam o Natal, afetando tanto residências quanto estabelecimentos comerciais, incluindo a Paróquia da Penha.
A operadora Claro, responsável pelo serviço na região, informou que não pode normalizar o fornecimento devido à falta de segurança. A empresa alegou que suas equipes não conseguem realizar manutenções devido a ameaças aos técnicos, uma situação atribuída à violência no local. A comunicação da operadora indicou que o problema está relacionado à segurança pública, com a presença de grupos criminosos dificultando o acesso das equipes de manutenção à área.
A Polícia Civil iniciou investigações sobre os responsáveis pelos cortes e já prendeu algumas pessoas envolvidas no crime. Contudo, a Polícia Militar afirmou não ter recebido denúncias sobre o assunto, mas se colocou à disposição para verificar as informações e colaborar com as operadoras de serviços. O problema reflete um cenário mais amplo de desafios relacionados à segurança e à imposição de controle por grupos criminosos nas comunidades da Zona Norte do Rio de Janeiro.