As Sociedades Anônimas do Futebol (SAFs) têm se expandido no futebol brasileiro, com 63 clubes adotando esse modelo até o fim de 2024 e mais dois times formalizando a transição no início de 2025. O modelo tem mostrado resultados variados, com clubes como o Botafogo e Cruzeiro se destacando positivamente após passagens difíceis, enquanto outros como o Vasco enfrentam desafios em sua implementação. A proposta das SAFs é estruturar financeiramente os clubes, trazendo investimentos para promover uma gestão mais profissional e sustentável.
O Cuiabá foi o primeiro clube do Brasil a adotar o modelo, em 2009, e desde então tem experimentado progressos, como uma classificação histórica para os playoffs da Copa Sul-Americana. Já o Cruzeiro, um dos casos mais emblemáticos, foi adquirido por Ronaldo Fenômeno em 2021 e, após três anos, recebeu novos investimentos para fortalecer o time e retomar sua competitividade no futebol nacional. No Rio de Janeiro, o Botafogo se tornou um exemplo de sucesso, com investimentos que superaram R$ 300 milhões e a conquista da Copa Libertadores, além de um tricampeonato brasileiro.
No entanto, nem todos os clubes estão vivenciando resultados positivos. O Atlético-MG, adquirido em 2023, ainda enfrenta dificuldades financeiras com uma dívida de R$ 1,4 bilhão e uma temporada abaixo das expectativas, sem classificação para a Libertadores. Por outro lado, clubes como o Fortaleza, que adotou o modelo em 2023, têm buscado um crescimento constante, mantendo o controle 100% nas mãos da associação. A tendência é que o modelo de SAF se expanda ainda mais, trazendo estabilidade financeira e novos investimentos ao longo do tempo.