Desde que a Portuguesa foi transformada em clube-empresa, Alex Bourgeois, presidente da SAF, trouxe novos métodos de trabalho para a equipe, com destaque para a implementação do modelo de análise estatística conhecido como “Moneyball”. Inspirado pelo filme homônimo e pela obra literária de Michael Lewis, Bourgeois passou a utilizar algoritmos para identificar jogadores que se encaixam nas necessidades específicas do time, com foco na eficiência e em métricas como passes e outros dados que vão além dos gols. A análise já impactou contratações recentes, como o goleiro Rafael Santos, que se destacou pela quantidade de passes completados, um dado considerado valioso pelo clube.
Ao contrário de uma abordagem tradicional, que prioriza estatísticas como o número de gols marcados, a Portuguesa avalia a “eficiência” do jogador, ou seja, se ele superou ou não as expectativas em relação ao que seria esperado de sua performance. Esse método envolve uma análise profunda dos dados de campo e também do comportamento do atleta, ajudando a identificar os jogadores mais valiosos para o elenco. A ideia é buscar jogadores que se destaquem não apenas pelos números, mas pela sua contribuição real para o time, como demonstrado nas análises que indicam a comparação entre o desempenho de um atacante e sua “probabilidade” de gols.
Além de adotar o modelo de análise estatística, Alex Bourgeois busca inspiração em clubes europeus de sucesso, como o Brighton, que utiliza métodos semelhantes para otimizar suas contratações e aumentar sua competitividade. Mesmo com 13 reforços já contratados, o presidente da Lusa planeja mais quatro adições ao elenco antes do Campeonato Paulista, que começa em janeiro. A estreia será contra o Palmeiras, e Bourgeois se mostrou animado com o desafio, considerando a partida uma grande oportunidade para testar o novo time.