O Ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben Gvir, solicitou o apoio de seu colega de extrema direita, Bezalel Smotrich, para pressionar o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu a não assinar o acordo de cessar-fogo com o Hamas, que está em seus estágios finais de negociação. Ben Gvir e Smotrich, que detêm poder político significativo no parlamento israelense, avisaram que ambos se retirariam do governo se Netanyahu avançasse com o pacto, alegando que o acordo representa uma ameaça à segurança nacional de Israel. Ben Gvir destacou que, embora sua renúncia isolada não fosse suficiente para mudar a situação, a pressão conjunta poderia forçar Netanyahu a reconsiderar.
O contexto do impasse ocorre em meio a um intenso conflito na Faixa de Gaza, onde Israel tem realizado ataques aéreos contra o Hamas desde o ano passado, após um ataque do grupo terrorista que resultou na morte de 1.200 pessoas em Israel. Além disso, o Hamas mantém reféns israelenses em Gaza, e as negociações buscam uma resolução para o retorno dos prisioneiros e um cessar-fogo. As tensões internas dentro do governo aumentam à medida que Ben Gvir e Smotrich, que anteriormente eram aliados políticos, se distanciam devido a divergências sobre questões de segurança e financiamento policial.
Embora o ministro da Segurança Nacional tenha qualificado o acordo de cessar-fogo como uma “catástrofe”, Smotrich não demonstrou disposição para renunciar, deixando claro que sua postura seria mais conservadora, mas igualmente contrária ao pacto. A situação em Gaza continua sendo uma das questões mais controversas, com a população israelense protestando contra Netanyahu e pedindo uma solução para a crise dos reféns e o conflito em curso. Organizações internacionais, incluindo a ONU, alertam para uma situação humanitária cada vez mais grave na região.