Em dezembro de 2024, os salários dos ministros do Tribunal Superior do Trabalho (TST) alcançaram valores elevados, com destaque para o ministro Sergio Pinto Martins, que recebeu cerca de R$ 419 mil líquidos. Esse montante é treze vezes superior ao teto do funcionalismo público, que atualmente é de R$ 32 mil após descontos. Ao todo, o TST pagou aproximadamente R$ 10 milhões em salários no referido mês. A maior parte desses valores foi atribuída a gratificações de fim de ano e pagamentos retroativos, que somaram até R$ 536 mil por ministro, isentos de tributos, devido à natureza indenizatória de algumas verbas.
Além dos salários principais, ministros do TST também receberam verbas adicionais, como gratificações natalinas e de férias. Esses valores extraídos de direitos pessoais e eventuais fizeram os salários dispararem. No entanto, em termos brutos, alguns ministros receberam mais de R$ 706 mil, com valores líquidos variando conforme os descontos de impostos e contribuições sociais. A isenção de impostos sobre grande parte desses valores foi possível graças à caracterização de alguns pagamentos como indenizatórios, evitando a cobrança de imposto de renda sobre o excedente de R$ 44 mil.
Além do TST, ministros do Superior Tribunal Militar (STM) também receberam somas consideráveis em dezembro de 2024. O ministro general Odilson Sampaio Benzi foi o maior beneficiado, com um pagamento líquido de R$ 318 mil, somando mais de R$ 4 milhões em total para os ministros do STM. Como no caso do TST, esses pagamentos também foram parcialmente isentos de impostos, uma vez que muitas das verbas foram classificadas como indenizatórias.