O ministro Flávio Dino determinou que o governo federal e os estados da Amazônia Legal e do Pantanal apresentem, em 30 dias, planos emergenciais voltados para a educação sobre o manejo integrado do fogo. Esses planos devem estar alinhados com a Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo, conforme a Lei 14.944/2024, e incluir estratégias de comunicação e mobilização social. O ministro também solicitou que, 15 dias antes do fim do prazo, sejam fornecidas atualizações sobre as investigações e sanções relacionadas aos incêndios ilegais de 2024.
A colaboração entre os setores público e privado foi destacada como essencial para evitar novos incêndios em 2025. Dino alertou que a falta de ação poderia resultar em descumprimento das obrigações legais do Brasil. O Ministério ressaltou a importância do planejamento conjunto para lidar com a situação, dada a gravidade do aumento de queimadas nos últimos anos.
De acordo com dados do projeto MapBiomas, o Brasil registrou a queima de mais de 30,8 milhões de hectares em 2024, um aumento de 79% em relação ao ano anterior. A Amazônia foi a região mais afetada, com 17,9 milhões de hectares consumidos pelo fogo. A vegetação nativa, especialmente as florestas, foi a mais impactada, representando 73% da área queimada. Além disso, as pastagens também sofreram grandes danos, com 6,7 milhões de hectares queimados.