O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), enviou à Procuradoria-Geral da República (PGR) o relatório elaborado pela Polícia Federal (PF) sobre o descumprimento das condições de liberdade condicional por parte de um ex-deputado. O ex-parlamentar, beneficiado com a liberdade condicional em 20 de dezembro, descumpriu uma das medidas imposta, que proibia sua saída de casa após as 22h. Ele alegou ter ido a um hospital devido a uma cólica renal, justificativa que foi verificada pela PF.
De acordo com o relatório, o ex-deputado foi atendido no Hospital Santa Teresa, onde permaneceu por cerca de 1h30. No entanto, o tempo gasto durante o trajeto até o hospital e o retorno a sua residência gerou questionamentos. O deslocamento, que deveria ter levado em média 43 minutos, durou aproximadamente 1h30 na ida e mais de 50 minutos no retorno, o que chamou atenção para possíveis irregularidades. A defesa alegou que o atraso se deu devido a imprevistos durante o trajeto, mas o tempo excessivo despertou investigações.
Além da questão do descumprimento das regras da liberdade condicional, o ex-deputado já havia sido condenado anteriormente por ameaças e incitação à violência contra instituições do Estado. A Polícia Federal agora investiga a veracidade das alegações de sua defesa, e o caso segue sendo acompanhado de perto pelas autoridades competentes. A situação gerou repercussões tanto no âmbito jurídico quanto político, com críticas ao comportamento do ex-deputado e à forma como ele tem lidado com as determinações judiciais.