O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta quinta-feira (30) manter a prisão preventiva do empresário acusado de causar um acidente fatal em São Paulo. O incidente ocorreu no dia 31 de março de 2024, quando o acusado, ao dirigir um Porsche em alta velocidade, colidiu com um Renault Sandero, resultando na morte do motorista de aplicativo. Na decisão, o ministro rejeitou o pedido da defesa para substituir a prisão por medidas cautelares, argumentando que o histórico do réu e a gravidade do crime justificam a manutenção da prisão.
O acidente aconteceu na Avenida Salim Farah Maluf, na zona leste da capital paulista, e foi seguido de investigações que revelaram que o acusado estava sob efeito de álcool no momento da colisão. Além disso, o empresário havia recuperado a carteira de habilitação apenas 12 dias antes do ocorrido, após uma suspensão. O ministro Mendes também destacou que o réu se entregou à polícia três dias após o acidente, mas que o modo como o crime foi cometido, com o veículo em alta velocidade e a tentativa de ocultação de provas, tornou a concessão de liberdade provisória inviável.
O Ministério Público de São Paulo denunciou o empresário por homicídio doloso qualificado e lesão corporal gravíssima, crimes que podem resultar em penas severas. A decisão do STF mantém a prisão preventiva do réu enquanto ele aguarda o julgamento, uma medida considerada necessária pela Justiça devido às circunstâncias do crime e ao risco de que o acusado possa tentar se evadir da justiça.