O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a Polícia Federal ouça o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, no âmbito do inquérito relacionado a um suposto golpe. O depoimento foi solicitado para esclarecer se o ex-presidente Jair Bolsonaro e o presidente de um partido político, ambos proibidos de manter contato por decisão do STF, estabeleceram alguma comunicação recente, conforme mencionado por Mello em uma entrevista à Jovem Pan.
Durante a entrevista, o governador comentou que os dois políticos frequentemente conversam, o que levantou preocupações sobre uma possível violação das medidas cautelares impostas. Moraes, ao tomar conhecimento dessas declarações, viu a necessidade de investigar se houve transgressão das restrições, que visam evitar obstruções na investigação. O ministro deu um prazo de 15 dias para que a Polícia Federal tome o depoimento de Mello.
Bolsonaro e o presidente do partido mencionado estão entre os 40 indiciados no inquérito, e desde fevereiro do ano passado, ambos têm sido proibidos de manter contato devido à medida cautelar. Ambos negam as acusações e seguem em defesa de sua posição, enquanto o processo avança para esclarecer as circunstâncias das alegações.
