O ministro israelense de Assuntos da Diáspora e Combate ao Antissemitismo, Amichai Chikli, enviou uma carta ao deputado federal Eduardo Bolsonaro, criticando a investigação de um militar israelense que estava de férias no Brasil. A investigação foi iniciada após uma denúncia de uma organização que defende direitos humanos, que acusou o militar de crimes de guerra, alegando que ele teria destruído casas em uma área humanitária. Chikli acusou o Judiciário brasileiro de agir em favor de extremistas e sugeriu que o apoio da administração brasileira aos terroristas prejudica a imagem do governo do país.
O militar, identificado como Yuval Vagdani, estava em férias na Bahia quando a investigação foi iniciada. Diante disso, ele deixou o Brasil com o apoio do governo israelense e se dirigiu à Argentina. A acusação foi formalizada com base no princípio de jurisdição universal, o que permite que certos crimes sejam julgados em qualquer lugar devido à sua gravidade. A HRF, organização que fez a denúncia, é conhecida por atuar contra soldados israelenses acusados de crimes de guerra, com o objetivo de levá-los a julgamento internacional.
A HRF, recém-criada, também tem realizado ações semelhantes em outros países europeus, onde soldados israelenses foram aconselhados a retornar a Israel após investigações. A embaixada de Israel no Brasil, por sua vez, declarou que a decisão de deixar o país foi tomada pelo próprio militar, embora tenha mantido comunicação com ele durante o processo. A situação gerou discussões sobre as implicações legais e políticas, envolvendo não apenas o caso específico, mas também questões maiores relacionadas a processos em cortes internacionais contra Israel.