O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, respondeu novamente a críticas do governador de Minas Gerais, Romeu Zema, sobre a gestão fiscal do Estado. Zema havia afirmado que Minas teria conseguido equilibrar suas contas, mas Haddad apontou que, entre 2018 e 2024, a dívida do Estado aumentou 55%, devido não apenas aos juros, mas também ao não pagamento de dívidas. De acordo com Haddad, o governo de Zema acumulou mais de R$ 30 bilhões de calotes com o governo federal e outros credores privados, o que elevou a dívida de Minas, tornando o Estado um dos mais endividados do país.
Haddad também destacou que, ao final de 2023, o Estado de Minas continuava com dificuldades fiscais, com mais de R$ 5 bilhões em restos a pagar e um saldo de caixa negativo de R$ 5 bilhões. Segundo ele, esses números indicam que o Estado não estava conseguindo honrar seus compromissos financeiros, afetando tanto a União quanto os credores privados. O ministro criticou a ideia de que a falta de pagamento de dívidas poderia ser confundida com ajuste fiscal e defendeu a importância do cumprimento das obrigações financeiras pelo governo.
Além disso, Haddad reafirmou o apoio do governo federal ao Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag), uma iniciativa que visa ajudar os Estados a renegociar suas dívidas e a realizar um ajuste fiscal real. Ele destacou que o esforço da União em apoiar o programa é um gesto significativo, especialmente em benefício de Minas Gerais. O ministro argumentou que a situação fiscal do Estado precisa de uma solução para evitar que os calotes continuem e para garantir a estabilidade fiscal a longo prazo.