O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, usou suas redes sociais para responder às críticas do governador de Minas Gerais, Romeu Zema, em relação ao projeto de renegociação das dívidas estaduais, o Propag. Zema havia atacado o governo federal, sugerindo que a União estava forçando os estados a assumirem os custos de sua gestão fiscal, enquanto tentava ampliar os repasses ao governo federal. Em resposta, Haddad afirmou que Zema omitiu informações importantes, como o fato de que o governador mineiro havia proposto uma renegociação de dívidas com condições bem menos favoráveis do que as sancionadas pelo governo.
O ministro também destacou um ponto específico do veto relacionado ao Propag, que impedia que a União assumisse dívidas dos estados com bancos privados. Segundo Haddad, Zema deixou de mencionar esse veto ao criticar a decisão, o que, segundo ele, distorce a realidade dos fatos. O veto, segundo Haddad, visava evitar que os estados dependessem do apoio federal para honrar suas dívidas com instituições financeiras e organismos multilaterais.
Além disso, Haddad criticou a postura de Zema em relação ao aumento salarial do governador, que ocorreu enquanto Minas Gerais estava sob o Regime de Recuperação Fiscal (RRF). O RRF impõe restrições à expansão de gastos, mas Zema aprovou um aumento salarial de 298% para si mesmo durante esse período. Haddad ironizou essa atitude de Zema, sugerindo que, enquanto o governador criticava “privilégios”, ele próprio estava ampliando seus próprios.