O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, expressou confiança de que a economia brasileira estará mais estável ao final de 2026, caso o plano da atual equipe econômica seja implementado com sucesso. Durante uma entrevista, ele destacou que o país possui vantagens competitivas como a lei de inteligência artificial, créditos de carbono, e biocombustíveis, que podem contribuir para um cenário de crescimento. Haddad também mencionou a importância do acordo entre o Mercosul e a União Europeia para as perspectivas econômicas da região e reafirmou que, com as medidas corretas, o Brasil pode ter uma economia robusta no futuro.
Entretanto, a política econômica tem sido alvo de críticas devido ao aumento de gastos e do endividamento público. Haddad garantiu que o governo entregará uma economia mais equilibrada, sem recorrer a “maquiagem fiscal” ou manipulação de dados. Ele reconheceu que as condições econômicas sempre são determinantes nas eleições, e a administração está atenta aos indicadores econômicos para tomar decisões mais acertadas. A preocupação com o equilíbrio fiscal é evidente, especialmente após a aprovação de um pacote de contenção de despesas, que, apesar de insuficiente para alguns analistas, visa garantir a sustentabilidade fiscal.
Em relação ao superávit fiscal, o ministro detalhou as previsões para 2024, apontando um pequeno déficit primário, mas com uma margem de tolerância. O governo ainda aguarda os dados finais sobre o crescimento do PIB de 2023, com expectativas de alta de até 3,6%. Além disso, Haddad mencionou a necessidade de ajustar o Orçamento de 2025 para atender aos objetivos fiscais definidos pelo Congresso e pelo governo, garantindo maior liberdade para uma gestão orçamentária mais eficiente.