O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, expressou preocupação com o crescente endividamento do Brasil, que, segundo projeções, pode atingir 81,4% do PIB em 2025 e 99% em 2029. Ele ressaltou a gravidade da situação fiscal do país, que, além da alta dívida, deve registrar um déficit nominal elevado, o segundo maior do mundo em 2025, estimado em 8,6% do PIB. Haddad também comentou sobre a valorização do dólar, atualmente acima de R$ 5,70, afirmando que esse câmbio elevado traz impactos negativos para a economia, embora tenha evitado fazer recomendações diretas sobre a compra ou venda da moeda.
Em resposta aos desafios fiscais, o governo brasileiro está implementando um pacote de contenção de gastos, com o objetivo de gerar uma economia de R$ 68 bilhões ao longo de dois anos. No entanto, o mercado financeiro questiona a eficácia dessa medida, considerando-a insuficiente para resolver os problemas estruturais das contas públicas. A pressão por ajustes fiscais mais profundos permanece uma preocupação entre analistas e investidores, que veem a necessidade de medidas mais robustas para garantir a estabilidade econômica do país.
Haddad também defendeu a adoção de um Imposto de Renda mais progressivo, com o intuito de aumentar a arrecadação e promover maior justiça fiscal. O ministro argumentou que é essencial que aqueles com rendimentos mais altos contribuam de maneira mais significativa, de forma a assegurar que os recursos sejam alocados para áreas prioritárias do governo, buscando equilibrar a carga tributária e atender às demandas sociais.