O ministro dos Transportes, Renan Filho, expressou sua indignação com a posse do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, nesta sexta-feira (10). Em uma postagem nas redes sociais, ele qualificou Maduro como um “ditador incansável” e reforçou que a tomada de poder sem legitimidade deve ser condenada por todos aqueles que defendem a democracia. A crítica se intensifica no contexto da contestação internacional sobre a legalidade das recentes eleições na Venezuela.
Maduro assumiu a presidência em meio a disputas sobre a legitimidade das eleições de julho, nas quais tanto ele quanto o opositor Edmundo González alegaram vitória. O Conselho Nacional Eleitoral, dominado por forças chavistas, declarou Maduro como vencedor sem divulgar os detalhes da apuração. Em resposta, a oposição divulgou dados que indicariam uma vitória de González. Diante disso, o governo brasileiro evitou um posicionamento claro até agosto, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que não reconheceria o resultado sem a divulgação das atas eleitorais, o que não aconteceu.
Na cerimônia de posse, o Brasil optou por enviar a embaixadora Glivânia Maria de Oliveira como representante diplomática, em uma postura que visa manter a relação protocolar com o governo de Maduro sem fazer oposição direta. A decisão reflete uma estratégia diplomática para evitar confrontos, enquanto se mantém uma comunicação com o governo venezuelano de forma distante e formal.