A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, fez duras críticas ao regime da Venezuela e ao presidente Nicolás Maduro após a sua posse para um novo mandato, mesmo com acusações de fraudes nas eleições de 2024. O governo brasileiro se posicionou contra o reconhecimento oficial da vitória de Maduro, pedindo a divulgação das atas eleitorais que comprovassem o resultado, sem sucesso. A recusa do governo venezuelano em fornecer tais documentos foi acompanhada de ataques contra o Brasil. Marina Silva usou as redes sociais para afirmar que as democracias do mundo devem continuar pressionando pelo respeito aos direitos humanos e às normas democráticas na Venezuela.
Embora o governo brasileiro tenha optado por não enviar representantes de alto escalão à cerimônia, uma embaixadora foi designada para representar o Brasil, em uma tentativa de manter uma postura diplomática sem endossar oficialmente o governo de Maduro. A presença de autoridades como os líderes de Cuba e Nicarágua na posse de Maduro foi um reflexo da aliança entre seus regimes. O gesto brasileiro foi interpretado como uma sinalização de distanciamento, mas ao mesmo tempo como uma forma de reconhecimento tácito da autoridade do ditador.
Além da diplomacia brasileira, membros do Partido dos Trabalhadores (PT) estiveram presentes na cerimônia de posse de Maduro, como o historiador Valter Pomar e outras figuras do partido. A presença desses membros foi vista como um ato de apoio ao regime venezuelano, mas sem o respaldo direto do governo federal. O episódio destaca as divisões políticas internas no Brasil sobre a postura a ser adotada em relação à Venezuela e ao governo de Maduro.