O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) solicitou explicações ao secretário de Segurança Urbana de São Paulo sobre sua posição contrária ao uso de câmeras corporais pela Guarda Civil Metropolitana (GCM). O MP-SP, por meio do Grupo de Atuação Especial de Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial (Gaesp), destacou que o Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu as guardas municipais como parte do Sistema de Segurança Pública em 2023, o que, para o MP, justifica a adoção das câmeras para a GCM.
Em resposta, o secretário Orlando Morando afirmou que a GCM não é uma força de segurança, mas sim uma guarda patrimonial, e que, devido à baixa letalidade da corporação, não haveria necessidade de investir no equipamento. Ele também argumentou que já existe um sistema de monitoramento amplo na cidade, com 20 mil câmeras, que pode identificar ações ilegais de qualquer guarda.
O prefeito Ricardo Nunes também se posicionou, reforçando que a decisão de não utilizar as câmeras é do Executivo, que optou por um sistema de monitoramento mais abrangente. O MP-SP, por sua vez, questionou a falta de um planejamento formal sobre o uso das câmeras e se há recursos destinados para essa implementação, considerando as diretrizes do Ministério da Justiça para órgãos de segurança pública.