O Ministério Público de São Paulo solicitou à Polícia Civil a abertura de um inquérito para investigar a ameaça sofrida por uma jornalista em um supermercado no final de 2024. O pedido, feito na última sexta-feira (10), visa aprofundar a apuração dos fatos e possibilitar a eventual apresentação de uma denúncia. A jornalista foi abordada por um agente de segurança do estabelecimento, e, após o incidente, a Polícia Militar foi acionada, levando ambos à delegacia, onde a Corregedoria da Polícia Civil assumiu a investigação. O policial envolvido foi afastado de suas funções operacionais enquanto o caso é apurado.
De acordo com o advogado da jornalista, o policial teria proferido ameaças à profissional, alegando que jornalistas deveriam ser “aniquilados”. Inicialmente, o agente teria reconhecido a jornalista, questionado sobre sua profissão e, posteriormente, começado a criticar seu trabalho. O ocorrido gerou reações de autoridades, com o ministro Gilmar Mendes, do STF, e o chefe da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias, cobrando uma resposta rápida das autoridades competentes, dada a gravidade da ameaça, que atinge diretamente a liberdade de imprensa.
Esse episódio é visto como uma violação à liberdade de expressão, um dos pilares fundamentais da democracia. A situação tem gerado preocupações sobre o risco de ataques à imprensa, especialmente motivados por divergências ideológicas. As autoridades competentes foram chamadas a garantir que o caso seja tratado com a seriedade necessária e que a proteção dos jornalistas seja reforçada, considerando seu papel essencial no funcionamento da sociedade e da democracia.