O Ministério Público e a Polícia Civil de São Paulo estão investigando uma ONG situada em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, sob suspeita de ligação com uma facção criminosa. A organização, que se apresenta como defensora dos direitos de presos, seria utilizada para promover ações em benefício de interesses da facção, como parte de um movimento para manipular discursos políticos e desestabilizar o sistema de justiça. A investigação, que começou há três anos, resultou em uma operação de prisão preventiva e cumprimento de mandados de busca em diversos locais ligados aos suspeitos.
A Justiça determinou a suspensão das atividades da ONG e a retirada de suas redes sociais até que o inquérito seja concluído. De acordo com as investigações, a facção estaria utilizando a ONG para disseminar denúncias infundadas contra agentes públicos e promover manifestações que visam criar um ambiente de confronto com o poder estatal. Além disso, a organização também seria responsável por orquestrar ataques a autoridades, justificando-os por meio de falsas acusações de abusos por parte de agentes públicos.
A operação também revelou que profissionais de saúde, como médicos e dentistas, estariam sendo cooptados para atender exclusivamente presos ligados à facção, oferecendo desde consultas médicas até procedimentos estéticos e cirúrgicos. Esse esquema de atendimento seletivo beneficiaria líderes da facção, criando um verdadeiro “plano de saúde” voltado para membros do crime organizado, com o objetivo de garantir cuidados médicos fora dos padrões convencionais do sistema penitenciário.