O Ministério Público de São Paulo deu um prazo de 45 dias para que a Prefeitura da capital apresente medidas concretas visando à redução da letalidade no trânsito, que em 2024 registrou o maior número de mortes desde 2016. Os dados apontam para um aumento de 11% nas mortes em comparação a 2023, com destaque para a morte de motociclistas, que representaram quase metade dos óbitos. A Prefeitura, por sua vez, anunciou iniciativas como a Faixa Azul para motocicletas, a ampliação de áreas de velocidade reduzida e o aumento de faixas de travessia, mas o MP questiona a eficácia dessas ações, apontando a exclusão de metas claras de redução de mortes no trânsito do Programa de Metas da gestão atual.
O MP também levantou preocupações sobre a revisão da meta 39 do Programa de Metas, que, em 2023, foi alterada de uma redução concreta de mortes para a implementação de ações gerais. A Promotoria argumenta que isso demonstraria a falta de comprometimento da administração com a redução da mortalidade. A Prefeitura, por outro lado, defende que as metas não foram excluídas, mas sim reformuladas com a inclusão de novas estratégias, como a Faixa Azul e outras medidas voltadas à segurança viária.
Além disso, a cidade de São Paulo está discutindo a regulamentação do serviço de mototáxi, enquanto a Justiça determinou a suspensão das operações de empresas como Uber e 99, que pretendiam oferecer esse serviço. A Prefeitura argumenta que a introdução do mototáxi pode aumentar as mortes no trânsito, ao passo que as empresas alegam que já utilizam tecnologias para prevenir acidentes. A cidade também destaca esforços contínuos para a segurança de pedestres e ciclistas, como a ampliação da malha cicloviária e o aumento de áreas calmas para pedestres.