O Ministério Público de São Paulo (MPSP) apresentou denúncia contra dez pessoas, incluindo um ex-vereador e uma ex-secretária, por envolvimento em um esquema de fraude em uma licitação de R$ 5,5 milhões em Ferraz de Vasconcelos, interior de São Paulo. A licitação visava à contratação de serviços de controle e fiscalização de portarias, sendo que a empresa vencedora foi acusada de ter laços com organizações criminosas. O ex-vereador renunciou ao cargo em agosto do ano passado durante as investigações.
O caso faz parte da Operação Munditia, que investiga a infiltração de membros de facções criminosas em prefeituras paulistas. Segundo a acusação, o esquema envolveu subornos a servidores públicos para garantir a vitória de empresas ligadas a grupos do crime organizado. Além disso, foi constatado que a licitação foi manipulada, com interferência externa na elaboração do edital e nas respostas a questionamentos de empresas participantes, o que levanta graves preocupações sobre a integridade dos processos licitatórios.
O Ministério Público também solicitou o afastamento de funcionários públicos envolvidos e pediu prisões preventivas de alguns dos suspeitos. A denúncia sublinha a gravidade da corrupção em contratos públicos, destacando o impacto negativo dessas práticas na confiança democrática e no funcionamento do setor público. A Justiça de São Paulo já anulou o contrato da licitação em questão e determinou que valores pagos à empresa sejam devolvidos aos cofres municipais.