O Ministério Público Estadual (MPTO) solicitou novamente a regularização das escalas médicas no Hospital Regional de Gurupi (HRG), devido à falta de profissionais da área de ginecologia e obstetrícia. Este é o 13º pedido desde 2019, e a questão se concentra na escassez de obstetras, o que tem gerado dificuldades para atender as gestantes da região. A Secretaria de Estado da Saúde (SES) afirmou que a escala está sendo mantida por profissionais remanejados conforme a demanda, mas reconheceu que a contratação de novos especialistas tem sido um desafio devido à escassez da mão de obra.
O HRG atende a uma população de cerca de 180 mil habitantes de 18 municípios, e, com a alta demanda, o MPTO identificou, em janeiro, que em pelo menos sete dias do mês houve falta de equipes para atender as parturientes. A ausência de médicos especializados tem gerado a necessidade de transferir gestantes para outros hospitais, como o Dona Regina, em Palmas, comprometendo o atendimento rápido e seguro que as pacientes necessitam.
Em resposta, a SES destacou que, desde 2019, realiza chamamentos públicos para a contratação de especialistas e tem adotado incentivos, como a Indenização por Procedimentos Obstétricos (IPO), para atrair profissionais para a rede estadual. Contudo, o órgão ressaltou que a escassez de médicos na área é o principal obstáculo para garantir a cobertura necessária no HRG. O MPTO alertou que, caso a regularização não seja alcançada, multas e penalidades podem ser aplicadas à Secretaria de Saúde.