O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) anunciou que tomará medidas para intensificar a proteção de movimentos sociais, especialmente após o ataque ocorrido no assentamento Olga Benário, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), em Tremembé, interior de São Paulo. O ataque resultou na morte de três pessoas e deixou outras cinco feridas. O MDHC destacou a urgência de fortalecer as políticas de proteção a defensores de direitos humanos, com ações que integrem esferas federal, estadual e as forças de segurança pública, a fim de garantir a segurança dessas lideranças em todo o território nacional.
O ministério também se comprometeu a oferecer assistência às lideranças do MST afetadas pelo ataque e a trabalhar em conjunto com a Polícia Federal (PF) para investigar o ocorrido. A Polícia Federal foi acionada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública para apurar a violação de direitos humanos e acompanhar as investigações. Além disso, a ministra Macaé Evaristo enfatizou que o governo federal tomará providências para coordenar esforços entre órgãos responsáveis por conflitos agrários e segurança pública, buscando uma resposta mais eficiente a essas situações de risco.
De acordo com o MST, o assentamento em questão enfrenta uma disputa crescente relacionada à especulação imobiliária, particularmente voltada para o setor de turismo. O movimento informou ainda que as famílias residentes no local sofrem com ameaças constantes, mesmo após tentativas de denunciar os casos às autoridades competentes. O MDHC afirmou que, em 2025, continuará a fortalecer ações que envolvem proteção das comunidades e organizações civis que atuam no apoio a esses defensores. O ministério também orientou que outras situações de risco sejam comunicadas para que medidas preventivas possam ser tomadas de forma mais eficaz.