A ministra da Saúde, Nísia Trindade, anunciou que o Ministério da Saúde segue mantendo conversas contínuas com o Instituto Butantan para garantir a distribuição da vacina contra a dengue, desenvolvida pela instituição, assim que for aprovada pela Anvisa. No entanto, ela destacou que a produção atual não é suficiente para suportar uma campanha de vacinação em massa em 2025. O Butantan prevê a fabricação de 1 milhão de doses no próximo ano e até 100 milhões nos três anos subsequentes, mas ainda não há data definida para a vacinação em larga escala.
A vacina, chamada Butantan-DV, foi formulada para proteger contra os quatro sorotipos do vírus da dengue e já demonstrou bons resultados de eficácia e segurança em testes clínicos. Se aprovada, será a primeira vacina de dose única contra a dengue. O Instituto Butantan iniciou a produção após enviar os documentos necessários à Anvisa, e a expectativa é que o parecer sobre a liberação do imunizante seja dado até março de 2025. A vacina já foi submetida ao processo de análise contínua pela agência reguladora, o que costuma levar cerca de 90 dias.
Enquanto a Butantan-DV ainda aguarda aprovação, o Brasil conta com a vacina Qdenga, fabricada pela farmacêutica Takeda. No entanto, a vacina exige duas doses e precisa ser importada, com produção limitada. Como resultado, ela está disponível apenas para um número restrito de crianças em 1.920 municípios brasileiros. Além disso, o preço elevado da vacina no mercado privado, superior a R$ 300 por dose, restringe ainda mais o acesso à população. O Ministério da Saúde também reforça as ações de prevenção e conscientização sobre a doença, com foco nas escolas e em parcerias com o Ministério da Educação.