O Ministério da Fazenda solicitou à Polícia Federal (PF) investigação sobre o uso indevido do CPF de um ministro da pasta, após uma denúncia recebida sobre a divulgação do número de seu documento em grupos de mensagens. O pedido foi formalizado após o ministério ser informado sobre a disseminação do CPF por um usuário de aplicativo, que estaria incentivando outros participantes a inserir o número em notas fiscais falsas. O objetivo seria criar a falsa impressão de que o ministro estaria tentando enganar a Receita Federal.
A denúncia chegou ao governo no dia 15 de janeiro, coincidentemente no mesmo dia em que foi revogada uma norma sobre o monitoramento de movimentações financeiras, incluindo transferências realizadas via Pix. A medida, que foi implementada no início do mês, buscava ampliar a fiscalização de transações superiores a R$ 5.000 realizadas por pessoas físicas. O governo recuou da instrução normativa após a disseminação de informações falsas nas redes sociais, especialmente por parte de opositores, que alegavam que o governo pretendia taxar as transações via Pix.
O episódio gerou uma série de discussões sobre a privacidade dos dados pessoais e a segurança das informações fiscais. Além disso, a situação expôs a crescente preocupação com o uso indevido de dados em plataformas digitais, levantando questões sobre como os mecanismos de controle e fiscalização podem ser mais eficazes para proteger os cidadãos contra abusos e fraudes.