O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo não utilizará o espaço fiscal no orçamento para reduzir o preço dos alimentos. Segundo ele, o aumento nos preços é principalmente resultado da valorização do dólar, que impacta os preços internos das commodities exportáveis, como leite, café, carne e frutas. Haddad explicou que, à medida que o dólar se estabilizar, espera-se uma redução nos preços. O governo também não está considerando intervenções diretas para controlar os preços dos alimentos, como chegou a ser sugerido anteriormente.
Além disso, o ministro destacou que o governo aposta em uma grande safra agrícola para 2025, com a expectativa de uma produção recorde de 322,6 milhões de toneladas, o que deverá garantir a oferta de alimentos sem desfalques. Haddad ainda comentou sobre o Plano Safra, que visa diversificar a produção agrícola em diferentes regiões do país, para evitar dependência de áreas específicas e minimizar os riscos de escassez devido a fatores climáticos adversos, como secas ou enchentes.
No contexto da inflação, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2024 registrou um aumento de 4,83%, com o setor de alimentos sendo um dos principais responsáveis pela alta, subindo 7,69%. O governo segue com a estratégia de investir em uma produção diversificada e garantir que os alimentos essenciais continuem acessíveis à população, sem a necessidade de grandes intervenções fiscais no mercado.