O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) declarou estado de emergência fitossanitária nos estados do Amapá e Pará, devido ao surto de Rhizoctonia theobromae, uma praga quarentenária que afeta plantações de mandioca. A doença, conhecida como “vassoura de bruxa”, foi identificada pela primeira vez no Brasil em 2024, especificamente em terras indígenas do Amapá. O objetivo da medida é evitar a dispersão da praga para outras áreas agrícolas, com um prazo de um ano para a implementação de ações preventivas.
A praga, transmitida por material vegetal infectado, ferramentas de poda e possíveis movimentações de solo e água, pode afetar gravemente o cultivo de mandioca, causando sintomas como nanismo, morte das plantas e deformações nos caules. A disseminação da doença pode ser facilitada pela movimentação de plantas e produtos agrícolas entre diferentes regiões, o que aumenta o risco de novas infecções. O Mapa monitora constantemente a situação, com a colaboração de diversas entidades locais.
Além disso, o Brasil já enfrenta a presença de 12 espécies de pragas quarentenárias, com algumas já transmitidas para outros países da América do Sul e Caribe. Ações de monitoramento e controle são essenciais para prevenir a entrada de novas pragas no território nacional. Profissionais da Embrapa, Diagro e Rurap estão ativamente envolvidos na aplicação de medidas de contenção nos focos identificados da vassoura de bruxa.