No domingo (12), um ataque realizado por supostos militantes islâmicos deixou 40 agricultores mortos na comunidade de Dumba, no estado de Borno, nordeste da Nigéria. Acredita-se que os atacantes pertençam a grupos armados como o Boko Haram e sua ramificação ISWAP, que há anos enfrentam as forças de segurança na região, exacerbando uma crise humanitária que já havia deslocado milhões de pessoas e causado inúmeras mortes. Este ataque ocorre em um contexto de agravamento da insegurança e da crise alimentar, amplificada pelas enchentes de setembro e pela persistente violência.
Relatórios iniciais indicam que os agricultores, que estavam operando fora dos corredores de segurança definidos pelas autoridades militares, acabaram entrando em uma área marcada pela atividade insurgente e cheia de minas terrestres. A ação do domingo se soma a uma série de ataques recentes, com a violência intensificada especialmente após o início do ano. O governo de Borno, por meio do governador Babagana Zulum, condenou o ocorrido e pediu uma resposta mais firme por parte das forças de segurança para rastrear e punir os responsáveis.
A região de Borno continua a ser o epicentro da insurgência, que tem causado imensos desafios econômicos e humanitários para a população local. A insegurança persistente dificulta a recuperação da agricultura e da pesca, atividades vitais para a sobrevivência de muitos. Autoridades locais pedem que a população siga as orientações dos militares e se concentre em operar dentro dos limites seguros, enquanto a investigação sobre o ataque prossegue.