O presidente da Argentina, Javier Milei, expressou seu pesar pela ausência do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro na cerimônia de posse do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em Washington. Durante o baile de gala, Milei atribuiu a falta de participação de Bolsonaro ao “regime de Lula”, sugerindo que o governo brasileiro teria barrado a viagem. No entanto, a decisão de impedir Bolsonaro de deixar o país partiu do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que rejeitou os pedidos de devolução dos passaportes do ex-presidente.
A proibição de Bolsonaro de viajar foi fundamentada no risco de fuga para evitar a aplicação da lei penal, com base em alegações de que o ex-presidente teria defendido o asilo no exterior. Bolsonaro, por sua vez, afirmou estar “constrangido” e “perseguido” pela situação, e expressou a esperança de que Trump, seu aliado, possa intervir em sua situação política no Brasil, especificamente em relação à sua inelegibilidade, que foi imposta pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Embora Bolsonaro tenha sido impedido de comparecer pessoalmente, ele foi representado pela esposa, Michelle Bolsonaro, e pelo filho, o deputado Eduardo Bolsonaro. O ex-presidente também comentou que espera apoio de Trump para reverter sua inelegibilidade, com uma possível intervenção do líder norte-americano nas questões legais brasileiras. A situação tem gerado repercussão tanto no Brasil quanto no exterior, destacando a tensão política envolvendo o ex-presidente e o atual governo brasileiro.