Desde a sua posse em dezembro de 2023, o presidente Javier Milei tem implementado uma série de medidas para conter a inflação na Argentina, com destaque para um rigoroso programa de corte de gastos públicos. Em 2024, o país registrou uma inflação anual de 117,8%, um índice mais baixo do que os 211% de 2023, mas ainda em níveis extremamente elevados. Esse esforço reflete o foco do novo governo em estabilizar a economia, embora os desafios permaneçam consideráveis.
Em dezembro de 2024, a inflação mensal foi de 2,7%, mantendo-se abaixo dos 3% pelo terceiro mês consecutivo. Essa desaceleração da inflação é vista como um sinal positivo, mas ainda é um reflexo das consequências de uma política de austeridade adotada para enfrentar a crise econômica, com consequências significativas para a população e os serviços públicos. A redução dos gastos tem sido uma das principais ferramentas do governo para tentar recuperar o controle da economia.
Além das medidas fiscais, o risco-país da Argentina registrou uma queda significativa, atingindo o nível mais baixo desde maio de 2018, o que pode indicar alguma melhora nas expectativas dos investidores. No entanto, os efeitos do chamado “Plano Motosserra” – uma série de ações econômicas drásticas – ainda são debatidos, e a economia argentina continua a enfrentar um cenário de alta volatilidade.